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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Redundâncias linguísticas

Há dias a minha filha comentou um texto que aqui deixei, mais ou menos desta forma: «não gosto da forma como repetes vários termos e palavras para dizer mais ou menos a mesma coisa». “Acabas por ser redundante na tua escrita sem necessidade nenhuma”. Eu respondi-lhe: “eu também não”

Acho mesmo que revelo na forma de escrever um enrolamento de raciocínio e um rebuscamento de forma, que nunca me satisfazem e são provavelmente contrários às regras literárias em vigor. Mas já desisti de lutar por uma simplicidade, que me seduz por um lado, mas só me atrapalharia a escrita e me retiraria o prazer. É que o meu prazer na escrita não é, realmente, a busca ou a cultura de uma estética literária. 

Prefiro, isso sim, tentar comunicar de forma clara e entendível; expor uma ideia ou transmitir um desabafo, mas sem muita disponibilidade para trabalhar as subtilezas da complexa língua portuguesa. Mesmo que, por vezes, caia facilmente em formas de redundância linguística que me permitem transmitir maior expressividade e ressonância rítmica à frase e sobretudo aquilo que quero transmitir. 
Ou seja, consigo o que quero mas não da forma técnica mais correcta e, muito menos, com a competência literária que a minha filha gostaria que eu tivesse.

Como gostaria de ter sido eu a escrever "Vi, claramente visto, o lume vivo"!!! 
Mas foi o génio de Camões, no Canto V dos Lusíadas e... não é linda esta forma redundante de dizer? 

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