Ao escrever poesia o poeta expressa os seus sentimentos, emoções e
pensamentos.
Quem a lê compreende-a e interpreta-a em função de si próprio e da sua experiência de vida.
Um colega e amigo, que não vejo há muitos e muitos anos, escreveu na introdução do seu livro "Madrugadas de Sonho" que "tenho por provado que se escreve neste país poesia que ninguém lê!" (...) e, "tenho como por mais que provado que lemos aquilo que nos vai direito à alma e abandonamos o resto!".
Quem a lê compreende-a e interpreta-a em função de si próprio e da sua experiência de vida.
Um colega e amigo, que não vejo há muitos e muitos anos, escreveu na introdução do seu livro "Madrugadas de Sonho" que "tenho por provado que se escreve neste país poesia que ninguém lê!" (...) e, "tenho como por mais que provado que lemos aquilo que nos vai direito à alma e abandonamos o resto!".
Já estava de acordo com ele em 1992, quando ele o escreveu. Hoje ainda mais pois, infelizmente, ainda se lê menos do que se lia nessa época.
E porque muito do que ele escreveu me tocou na alma e me acrescentou bem estar à vida, abandono o resto e deixo aqui um poema desse livro. Espero que ele não se importe.
SER NÃO SOU!
Eu podia ser outro eu
Que de mim nada tivesse
Pastor de sombras azuis
Construtor de obra sonhada ...
Podia ser gota encontrada
No azul-mar de outros olhos
Ser seiva cristalizada
Crepúsculo d´uma alvorada
Arquitecto d´outros sonhos ...
Podia ser, mas não sou
Sou ribeiro parado
Neste mar de neblina
Sou candeeiro apagado
Sou sonho nunca sonhado!
Veríssimo Ramos, in Madrugadas de Sonho
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