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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Uma aventura – os cinco no nordeste (VI)

Toni – o salvador
O jantar, conforme o plano há muito traçado, foram peixinhos do rio no Lameirinho, em Cabanas de Baixo (N 41.18544 W-7.11739), restaurante típico propriedade do sr. João de Deus Carromão, alcunhado pelo grupo de “o cigano”. Não estavam maus de todo, mas depois de um almoço no Lagar seria exigir muito pensar que ainda sobrava espaço ou vontade para nova empanturradela. Foi só cumprir a obrigação. 
Já alguém disse que Portugal é o único país onde as pessoas ao almoço já estão a pensar naquilo que vão comer ao jantar. É capaz de ser verdade.
Em frente a nós estava em amena cavaqueira um sexteto feminino, com idades a condizer com as nossas. Naturalmente foram o alvo dos nossos dichotes, mas sem ousarmos meter conversa, não fosse o diabo tecê-las e as nossas consortes viessem a ficar amuadas. Mas também não deram a entender nada. Ou fizeram-se caras ou tinham outros polos de interesse na conversa, pois não nos ligaram nenhuma, como se não tivessem dado pela nossa presença. Não conseguimos dissimular a deceção pelo ostracismo a que fomos votados.
Por isso, já no exterior, com a música pimba a tocar alto e bom som e nós a fazer coro, conseguimos deixar de passar despercebidos. Mas foi só um pouco de show off. Nem nos demos ao trabalho de ver a reação delas e lá seguimos à nossa vida. Se ficaram frustradas, problema delas. Acordaram tarde.

No regresso a Vila Flor o Alexandre começa a sentir cólicas intestinais. De um simples mal-estar passaram a uma desagradável e difícil luta contra o tempo. No percurso, pela nova via rápida de acesso à auto-estrada, não havia recanto ou árvore convidativa a um calmo relaxamento. O previdente rolo de papel higiénico não pôde cumprir o seu papel. O melhor era esperar pela chegada a Vila Flor, sem incomodar os companheiros de viagem.
O Bernardino levou-nos então até ao restaurante do amigo Toni. Com o aproximar da meta tornou-se titânico o esforço para chegar ao fim da etapa sem deixar descarrilhar o comboio. Os últimos metros foram em indisfarçável passo de corrida. Ao baixar da bandeira correspondeu o sorriso triunfante de um vencedor de fórmula um, a que se sucedeu a paz angelical de um monge budista em meditação. Uf, que alívio! Desta safei-me, mas não chegou para o susto.
No final, um retemperador chá, que permitiu fazer depois uma calma e tranquila viagem de regresso a penates. 
Já passava da meia hora quando atingimos o nosso porto, em Valadares City. Esperava-nos o repouso do guerreiro, após uma viagem tão cheia de emoções, que vai ficar devidamente registada nos anais do grupo.

Reportagem na Visão
Esta aventura no Alto Douro Vinhateiro teve honras de reportagem na Visão de 30 de agosto de 2012, que pode ser confirmada por quem queira consultar a revista publicada nesse dia. Aí pode ver-se, por exemplo, a visita ao Lagar, inclusivamente com foto da mesa onde almoçamos. É a prova provada de que é verdade o que afirmo.

Nota do autor do texto
Nesta resenha limitei-me por isso a referir apenas os episódios que, por demasiado pessoais ou por conterem palavras ou cenas menos próprias para ouvidos sensíveis, foram omitidos pelo repórter ao serviço da Visão. Mas estava lá o cronista para guardar esses momentos para a posteridade.

Nota do autor do Blogue:
Este texto foi escrito pelo Alexandre e, como verificaram, ele fê-lo seguindo as regras do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Eu respeitei a sua opção e publiquei na íntegra o seu texto apesar de ser profundamente contra este acordo e nunca o utilizei, nem irei utilizar, neste blogue por razões que explicarei no próximo post.

E para terminarmos esta aventura vejam neste vídeo quase tudo o que Alexandre descreveu tão bem!

(PS: para ver melhor dê um click no título "Uma Aventura os cinco no Nordeste")
  


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