30 de Agosto de 2012
Nota prévia: A crónica desta viagem é da inteira responsabilidade de Alexandre Ribeiro, Economista e autor do livro "Economia em contramão". É também o outsider do grupo (como ele próprio se intitula) mas integrou-se tão bem que até parece que está connosco desde o primeiro dia.
Nota prévia: A crónica desta viagem é da inteira responsabilidade de Alexandre Ribeiro, Economista e autor do livro "Economia em contramão". É também o outsider do grupo (como ele próprio se intitula) mas integrou-se tão bem que até parece que está connosco desde o primeiro dia.
É um excelente texto, brilhante
mesmo, que retrata com humor, rigor e precisão todos os pormenores de
mais um passeio deste grupo que faz da amizade e do saudável convívio
uma forma de resistir, criando as asas necessárias ao tempo que se vive…
por Alexandre Ribeiro:
Previa
escrever esta crónica em duas páginas. Mas palavra puxa palavra, as emoções
foram tantas, os episódios foram mais que muitos e acabou por dar nisto: um texto
com tamanho desmesurado. Mas fica o relato para a posteridade. As recordações não
se medem em páginas, mas convém que fiquem registos rigorosos e impressivos
gravados no cérebro, mas sustentados em factos, prosa e fotos, para perdurarem
na memória de quem teve a felicidade de viver momentos únicos.
Os cinco da vida airada – versão 5.com
O outro juiz
também dizia à prostituta que ela andava na
boa vida.
“É boa, vida, é” dizia ela. “Vá o sr. dr. Juiz apanhar…….” (como não
se sabe quem vai ler esta prosa convém ser cauteloso e ficar por aqui, não usando
o vernáculo nem ipsis verbis as
frases proferidas) e diga-me depois se é
boa vida”.
Cada qual
sabe de si e, quantas vezes, por trás de uma aparente boa vida, há muita dor e confusão quanto baste. Mas adiante.
O Jorge Matos é o pivot do grupo. Boa
vida leva ele: ultimamente até passou horas dentro de uma moderníssima cápsula,
qual astronauta com vontade de ir a Marte. Tudo para ver se consegue voltar a
andar equilibrado.
O Rogério Calvo é uma boa pessoa, na opinião da sogra, que já
nem o consegue reconhecer. Passou os últimos tempos entre o hospital e uma
peregrinação por tudo o que cheirasse a lar.
Ainda tens um bocado de sarna para te coçar, Rogério.
O Mota, esse anda na maior. Passa
temporadas em Madrid, anda todo babado com os netos, respira saúde e
felicidade. Continua assim, Mota. Invejamos-te, mas estamos muito felizes por
ti. Mereces o melhor.
O Bernardino não sabe o que fazer à vida.
Não é reformado, nem está no ativo. Não é doente, nem está saudável. Gosta da
família, mas os parentes só lhe criam problemas. É proprietário mas daí quase só
lhe advêm chatices.
O Alexandre é o benjamim do grupo e um
outsider: é o único que não é professor de profissão (mas exerceu durante um
ano). Na EB 2/3 de Valadares fazem o favor de o considerar um quase igual. Como fechou a empresa onde
trabalhava (a crise chega a todo o lado), agora que está em cima dos 60, onde é
que vai arranjar um novo emprego? Já é tarde para emigrar. Aguenta Alex!
Que nome dar
ao grupo? Deixo uma dica para inspiração, extraída do suplemento Atual do
jornal Expresso de 8 de setembro: Mui
nobre Confraria da chouriça de sangue de porco coxo da pata traseira esquerda
(sic).
(continua ...)
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