O
actual governo português, sustentado por uma maioria PSD/CDS, depois de ter
passado por um período chamado estado de graça, começa agora a
perder alguma da sua zona de conforto.
De
facto, com as medidas de austeridade que tem vindo sucessivamente a implementar
não resolveu nada e, pelo contrário, o desemprego disparou e a miséria
aumentou.
Quem
está a pagar a crise, que o anterior governo deixou e este exponenciou,
é o comum dos cidadãos, principalmente os funcionários públicos da classe
média.
É,
portanto, natural que estejamos zangados, furiosos e descrentes com os
políticos que impõem o nosso empobrecimento,
não o deles.
Vem
agora o primeiro-ministro, na celebração do 10 de Junho, celebrar também a
"paciência" infinita do povo português, dizendo que é uma virtude
única numa Europa turbulenta.
Isto,
a mim, caiu-me mal! Pelo cinismo e pela insensibilidade.
Apesar de sermos, de facto, um povo pacífico,
humilde e ordeiro que não gosta de usar a violência, mesmo quando somos
injustiçados, o tempo do "comer" e "calar" já acabou.
Caramba, tudo tem um limite!
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