Da
minha necessidade de te percorrer todos os dias, persiste, por vezes, a disparidade
imensa que existe entre nós e que nenhuma vontade (ou atitude) é suficiente
para alterar.
O
tempo, sempre o tempo, vai-se fazendo na distância que percorro em ti… suspenso
neste movimento cadenciado, constante e permanente sempre em transparência de
mim para mim e de travessa em travessa. Ao mesmo tempo que absorvo a brisa que
vem do mar vou mudando na distância que o tempo me permite num esforço e ardor
cada vez maior…
Por
isso te digo, passadiço: Não quero ser teu prisioneiro, nem da minha idade e muito
menos do tempo, ouviste bem?
Provavelmente irei insistir nestes devaneios estéreis e neste piso escorregadio e fastidioso
da minha vida modesta ao mesmo tempo que percorrerei em ti tempos e distâncias,
ao mesmo tempo que continuarei a tentar afastar os meus fantasmas…
Sem
ter certezas de nada que a vida me venha a dar ou a tirar, rasgarei
as minhas dúvidas, cortando as amarras e o vento, procurando ser sempre eu e
fugindo do pensamento que me diz que continuarei a ser sempre o espelho do que jamais
serei…
Lido. Gostei muito.
ResponderEliminar1 abraço
MAFreire
Obrigado amigo. É apenas a minha luta (comigo próprio e com o passadiço) a extravasar, libertando pensamentos negativos e algum suor. Depois "resta" este emaranhado de palavras que se cruzam entre si e, às vezes, se amontoam em pequenos textos...
EliminarUm abraço