Algures perdido no tempo da minha infância (fazia os onze
anos daí a um mês e meio) em pleno verão de 1964, recordo-me deliciosamente de
ter tido esta conversa:
Eu: estava aqui à tua espera. Sabia que ias à Fonte Romana
mais ou menos a esta hora.
L.C.: E então! Que me queres?
Eu: Queria ver-te nesse teu garrido vestido novo. Fica-te
bem!
L.C.: Foi a minha mãe que mo deu, agora que veio de férias. Comprou-o
nas Galeries Lafayette, em Paris, é giro não é!?
Eu: Tu ainda és mais bonita assim vestida.
L.C.: Ai, ai, a brincadeira… então o que queres?
Eu: Quero que sejas minha namorada.
L.C.: Depois de corar um pouco lá respondeu: Tá bem!
Eu: Então posso ir contigo à fonte.
L.C.: Não!!!
Eu: Bô!!! Então!? Agora somos namorados…
L.C.: Mas... mas... estás a ver… assim logo na primeira vez...fica mal. Não vais.
Eu: (Sem perceber lá muito bem o que era “isso” de ser a
primeira vez). Pronto! Eu espero aqui por ti à porta de casa.
Passados 10 minutos L.C. lá veio de cântaro já cheio de água. Parou e disse: - Olha… é melhor acabarmos. A tua irmã pode
zangar-se comigo. Ela é minha amiga e pode não gostar.
Eu: Está bem.
E pronto. Foi assim que começou e acabou o meu primeiro
relacionamento amoroso.
Que lindo e tão puro! Era mesmo assim nos nossos tempos. Hoje com TLms, Cpus e Digitais dirão: “ Ca parvos eram os nossos “passados”!. Mas eu continuo a gostar de ser dos “nossos passados”.
ResponderEliminar1 abraço
MAFreire
Levar uma tampa daquelas logo ao fim de 10 minutos de "namoro"... é lindo é!!! De certeza absoluta que foi o divórcio mais rápido da história eh eh eh
Eliminar:-)
Um abraço