Enquanto percorro este caminho serpenteante entre a linha do comboio que passa com as suas cores garridas na direcção de
Espinho e o mar que vem do horizonte, gosto sobretudo de cogitar... de cogitar ao som das ondas e do
chilrear das gaivotas.
Desta forma lido melhor com o esforço e, embora de forma ofegante e de rosto afogueado, sinto-me cada vez mais estimulado a continuar… arrebatado por esta sensação exacerbada pela emoção que o céu, tão persistentemente, insiste em inflamar.
Desta forma lido melhor com o esforço e, embora de forma ofegante e de rosto afogueado, sinto-me cada vez mais estimulado a continuar… arrebatado por esta sensação exacerbada pela emoção que o céu, tão persistentemente, insiste em inflamar.
Sabe bem sentir a brisa a soprar já perto do pôr-do-sol que
anuncia a noite trazida pelo céu para cobrir como um véu o instante de fascino
privado.
É linda esta troca de “mimos” clandestina entre a linha do
comboio e o seu galanteador oceano, apadrinhada por este iminente pôr-do-sol que
ilumina como um sorriso de fogo o rosto das pessoas que comigo se cruzam no
passadiço.
E depois… já no fim
da caminhada sinto de novo o vento soprado que de forma amável me sussurra:
até já! Volta sempre!
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