Viver
com saúde é uma coisa séria. Ou, melhor dizendo, uma coisa para levar a sério.
Que exige cuidados especiais, empenho, saber-fazer, atenção e muita entrega não
só a nós próprios mas também às pessoas que nos rodeiam e de quem gostamos.
Sem
isso, a vida, a vida com qualidade é porventura uma insignificância artificial,
de passar os dias por passar e agredir o corpo e a mente com “lixo” de comer e
de pensar.
Viver
com saúde, com boa saúde, deve ser diferente disso. Deve ser algo que nunca deve
ser negligenciado e um bem ao qual nunca devemos virar as costas.
De
facto, a vida é como a água que jorra de uma nascente fresca. Não a devemos sujar e/ou contaminar com práticas físicas ou mentais inadequadas.
Mas
se isto é assim, em contraponto, há algo que a vida não precisa e nunca deve
ser: demasiado séria. O que quero dizer com demasiado
séria? Que sério é este? O
sério de perfeito. O sério de demasiado austero e severo. De facto, se levarmos
a vida demasiado a sério ao ponto de a encaramos como um desporto de alta
competição em que as pessoas se esquecem de se olhar nos olhos, de dizer coisas
a brincar e de rir a bandeiras despregadas enquanto vivem, a vida perde a sua
graça. Por que razão não podemos salpicar a vida com piadas? Porque terão as
pessoas de estar sempre caladas, sérias e centradas no lado mau da vida? Nada tenho
contra isto, é verdade. Até acho que nos devemos calar quando for de calar, de
nos concentrarmos em silêncio quando assim tiver de ser mas, caramba, também devemos
desopilar e dizer, no momento adequado, todas as asneiras e impropérios que sentimos
necessidade de dizer. Um bom desabafo no momento certo sabe que nem “ginjas”. Sinto
que não é necessário cada um de nós estar sempre sério e sisudo perante a vida.
Não sinto que tenhamos de permanentemente evitar uma boa piada. Uma boa anedota
ou uma frase engraçada que faça as outras pessoas rir. A vida também é riso.
Também é divertimento. A vida saudável também é rirmo-nos e, mesmo,
rebentarmo-nos a rir na cara uns dos outros. Qualquer que seja a razão. Porque
estamos rotos de cansaço, porque nos
aconteceu algo chato e de difícil resolução, porque a descrença pode dar para tudo e desse tudo o
riso é o melhor. Viver e rir. Muito. Só assim vale mesmo a pena.
Bom ano 2015!
Não posso estar mais de acordo contigo, amigo Bernardino. Uma piada, uma anedota, uma sátira ou até um dito de escárnio e maldizer fazem tão bem à saúde que é um crime andar sorumbático, só a pensar nas dificuldades da vida. Vamos rir e sorrir muito neste ano 2015.
ResponderEliminarUm abraço
Exactamente. Reparaste ontem no sorriso aberto (e nos olhinhos a brilhar) do Pinto da Mota quando falámos no leitão e na próxima viagem gastronómica? eh eh eh
EliminarBons passeios, praia, campo, comer e beber bem, convívio com os amigos e rir, rir muito (até de nós próprios) é o melhor para amenizarmos as contrariedades (que também as há) e mantermos assim uma vida mais saudável.
Um abraço