Quem é este um mendigo?
Também faz
parte da tradição ir dar lustro ao touro num
recanto pitoresco de uma das ruas mais típicas da vila, perto do busto do
cardeal Saraiva, que nos olha com o seu ar bonacheirão.
Perto dali encontramos
um mendigo, um sem-abrigo, estendido num banco de jardim. Pareceu-nos ter um ar
familiar. Brincou connosco e acolheu-nos com um sorriso nos lábios, como um
cachorrinho quando é afagado pelo dono.
Antes de
iniciarmos a viagem de regresso fomos à beira rio deixar-nos fotografar junto à legião romana que nos primórdios da nossa história veio cá com intuitos de
juntar esta terra à sua lista de conquistas. Mas viram logo que não é fácil
derrotar-nos. Connosco até têm medo das sombras. Reza a história que a legião
se recusou a atravessar o rio, convencida que quem passasse para a outra margem
perdia a memória.
Se não os
pudemos vencer pelas armas vencemo-los pela argúcia. Chicos espertos somos nós
e isso já vem de longe.
Felizmente em cada casa há um Toni que nos
acolhe de pernas abertas
Cumprida a
agenda de trabalhos havia que regressar a casa, onde chegamos já era noite
cerrada, apesar de pouco passar das 18 horas. Sem qualquer percalço a assinalar
na viagem só resta registar um episódio já recorrente. Já prestes a estacionar
o carro em casa este cronista começou a sentir as já crónicas cólicas intestinais,
que em espaço de minutos passaram de um simples mal-estar a uma desagradável e
difícil luta contra o tempo.
Telefona então
o Bernardino a dizer que se esqueceu dos bolinhos e foi preciso ir ao seu
encontro. Mas o assunto foi rapidamente resolvido. O pior foi um vizinho que
apareceu na altura mais inoportuna e começou a falar num problema do prédio
para o qual andamos à procura de solução. A questão é que com os problemas do
prédio posso eu bem. Com os outros é mais difícil, mas não se pode simplesmente
mandar o vizinho bugiar.
Despachado o
vizinho, foi o sprint do costume, com uma impressionante reta final a caminho
da vitória. E, como da outra vez no Toni de Vila Flor, chega-se direto ao céu
logo depois de se passar pelo inferno, contrariando tudo aquilo que se aprendeu
na catequese.
Valadares, 12 de Dezembro de 2013
Nota Final:
E agora o vídeo prometido! Comprovem, de preferência em full screen, a memória "fotográfica" do
nosso grande cronista!
São estes momentos de convívio, sadio e verdadeiro, que também nos dão alento para continuarmos a viver com alguma alegria...
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