Falemos então de Armando Vara, essa inextinguível figura do socratismo.
Da biografia de Vara pode extrair-se que nasceu em Lagarelhos,
Vilar
de Ossos, Vinhais, a 27 de Março de 1954.
Foi(!) administrador bancário e político. Estudou(?)
Filosofia
na Universidade Nova de Lisboa, tendo
abandonado a universidade sem obter o diploma de licenciatura. Em 2004, antes
de ter qualquer licenciatura, obteve (!!!) um diploma de Pós-Graduação em Gestão
Empresarial no ISCTE. Mais tarde obteve o diploma de licenciatura no Curso de
Relações Internacionais na agora defunta Universidade Independente, três dias
antes da sua nomeação para a Administração da Caixa Geral de Depósitos.
Um mês e meio depois de ter abandonado a Caixa Geral de
Depósitos para assumir a vice-presidência do Banco Comercial Português, foi
promovido(!) no banco público ao escalão máximo de vencimento, o nível 18, o que
terá reflexos para efeitos de reforma.
Actualmente recebe do estado (de todos nós… mesmo dos
aposentados como eu) uma subvenção vitalícia mensal!!!
Pessoalmente, considero Armando Vara um dos casos paradigmáticos de maior sucesso do Governo de José Sócrates, que - pasme-se - conseguiu transformar um bancário local (Balcão da Caixa Geral de Depósitos de Mogadouro) num banqueiro de sucesso nacional.
Armando Vara que, no âmbito do processo Face Oculta, do qual
é (ou foi) o principal arguido, garantiu que as únicas prendas que recebeu de Manuel
Godinho foi um Pão-de-Ló e uma caixa de Robalos. Não consegue, no entanto - coitado - livrar-se da
justiça que, noutro espaço de jurisdição, investiga de onde vieram os 800 mil euros da diferença entre os rendimentos auferidos e o dinheiro que entrou nas suas contas bancárias, em 2008 e 2009.
São 800 mil euros não declarados ao Estado que o podem levar a responder pelos crimes de fraude fiscal e
branqueamento de capitais, na sequência de uma certidão já extraída do processo
principal e cuja investigação foi entregue ao DIAP de Lisboa.
Entretanto, na imagem, Vara surge em pose contemplativa, quando ainda era
dirigente do BCP.
No fundo, bem lá no fundo, Vara só está a olhar para mais um
banco – a sua inquestionável especialidade. Neste caso, é o banco ou a cadeira
em que se sentava... Bárbara Guimarães.
Armando, enfim, não passa
de uma figura (um cromo) que ilustra bem o estilo dos políticos que têm desgovernado este País...
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