Começa a aventura
O dia amanheceu cedo, pois o plano afinado na véspera era impositivo: “às 7 e 10 em ponto em casa do Jorge”.
O dia amanheceu cedo, pois o plano afinado na véspera era impositivo: “às 7 e 10 em ponto em casa do Jorge”.
À
hora marcada surgiu o Bernardino no seu bólide "novo" (já com 12 anos,
mas acabado de fazer a revisão) com o Rogério. Aproveitou a oportunidade
para fazer a rodagem, fazendo lembrar o outro que foi fazer o mesmo à
Figueira da Foz e daí em diante foi só subir até ao galho mais alto do
poleiro. Força Bernardino! Os bons exemplos são para seguir. Torcemos
por ti.
Da casa do Jorge seguimos para a casa do Mota, que já estava
impaciente à nossa espera e farto de nos chamar nomes. Acalmou logo.
Vinte
minutos depois estávamos a cumprir a primeira paragem constante do
plano: um café nas bombas da Galp, na Auto-estrada para Amarante.
Como
nada é perfeito nesta vida, os CD’s do Rogério (amorosamente preparados
a pensar nesta viagem) ficavam mudos no leitor do carro do Bernardino.
Falha técnica imperdoável, pois a música é uma das mais divinas
componentes da vida. Frustrados mas não convencidos, o Bernardino, o
Jorge e o Rogério tentavam trinta por uma linha para dar voz ao Quim
Barreiros, Emanuel e quejandos. Mas sem sucesso.
Com o GPS foi quase a
mesma coisa: o Rogério introduziu as coordenadas da longitude ao
contrário. Em cada cruzamento a voz da sereia mandava-nos para a direção
oposta. Mas o Rogério não se convencia. Só deu o braço a torcer quando
já no destino (local do pequeno almoço) viu que o infalível indicava que
faltavam ainda 8 horas de viagem para chegar a esse preciso local. Mais
vale tarde que nunca.
Pequeno almoço
Tínhamos saído da auto-estrada no Padronelo, onde era intenção comprar o famoso pão da região para o pequeno almoço. Mas parece que a tradição já não é o que era: corridas várias padarias, umas estavam fechadas e outras só tinham pão comum. Casmurro e determinado, o Mota não aceitou o que lhe queriam impingir. A fome é negra mas não pode ser saciada de qualquer maneira. Há que manter os princípios. Em boa hora o fez, como se veio a constatar: já em Mesão Frio acabou por encontrar um pão tipo saloio que fez as delícias do pequeno almoço. Obrigado Mota.
Tínhamos saído da auto-estrada no Padronelo, onde era intenção comprar o famoso pão da região para o pequeno almoço. Mas parece que a tradição já não é o que era: corridas várias padarias, umas estavam fechadas e outras só tinham pão comum. Casmurro e determinado, o Mota não aceitou o que lhe queriam impingir. A fome é negra mas não pode ser saciada de qualquer maneira. Há que manter os princípios. Em boa hora o fez, como se veio a constatar: já em Mesão Frio acabou por encontrar um pão tipo saloio que fez as delícias do pequeno almoço. Obrigado Mota.
No caminho para
Mesão Frio surge à nossa frente uma azelha ao volante, que foi
naturalmente objeto do genuíno e amplamente justificado escárnio
masculino. Para evitar dissabores aproveitou-se uma curva da estrada e o
surgimento de uma abandonada casa de cantoneiro para descolarmos da
azelha, aproveitando para fazer a primeira (de várias) paragens técnicas
(ver definição mais à frente).
Seguindo o roteiro pré-definido, o
local do pequeno almoço foi o Monte de S. Silvestre, ponto de
convergência de 4 distritos, com uma vista soberba sobre o Douro. A
subida era uma rampa íngreme e de curvas apertadas, cenário ideal para
uma prova de carrinhos de rolamentos, capaz de fazer soltar a adrenalina
aos mais valentes.
Numa mesa de merendeiros, onde muitos terão já
feito o gosto ao palato, montamos a nossa tenda: liteiro por baixo,
toalha típica de quadrados por cima. As iguarias eram tais e a fome e
vontade de comer eram tantas que tudo soube pela vida: pão saloio
delicioso, salpicão, queijos, presunto, azeitonas. Como não havia leite
nem café o acompanhamento foi … tintol, pois claro. No final, um trago
de Porto de lavrador, a abrir o apetite para as iguarias que iríamos
saborear ao almoço, o ponto alto da viagem.
(cont...)
Sem comentários:
Enviar um comentário