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terça-feira, 11 de junho de 2013

ACTA nº 3 (ou será ata?) - I

Crónica de
  Alexandre Ribeiro

Aos 21 dias do mês de maio de 2013 teve lugar mais uma reunião do Grupo dos 5.Come.
Como o costume ninguém faltou à chamada, nem sequer se atrasou. Muito antes da hora marcada (11 horas), o Mota e o Rogério, os mais apressados para estas coisas, já estavam no Penedo à espera dos restantes elementos. Apareceu o Alexandre, surge depois o Jorge no seu resplandecente Mercedes e chamou-se então o Bernardino (que estava distraído a tomar café) aos gritos de Pooooooorto, do meio da rua. Ele percebeu logo que era para ele. Contra todas as previsões, não trazia o seu famoso boné de retalhos, antes um boné discreto, mas igualmente elegante. 
Entraram para o carro do Rogério (um “vulgar” BMW), e arrancaram para Arouca, tendo como destino o Parlamento, que o amigo Edgar assegurou que era muito mais interessante que o de Lisboa. Para aquecer os motores entrou-se logo em fricção com o Bernardino, naturalmente o "bombo da festa", depois da vitória do Porto no campeonato. O objetivo era arrumar o assunto no começo da viagem, para depois não se perturbar o repasto e a digestão. O objetivo não foi integralmente cumprido, pois em toda a tarde, a espaços, iam surgindo umas farpas avulsas e bem intencionadas, que o Bernardino procurava rechaçar, mas com um escudo protetor muito frágil, ou não estivesse o SLB na mó de baixo e o FCP, como vem sendo hábito, a mijar de cima da burra, depois de levar a melhor sobre o eterno rival, após um emocionante sprint ganho mesmo em cima da meta.
A viagem decorreu sem incidentes e ainda não era meio-dia e já estávamos no destino. Uma visita rápida, mas imprescindível, ao vetusto convento, onde jazem os restos mortais da Infanta D. Mafalda. Cumprido depois o ritual do café, numa agradável esplanada, seguimos para o dito Parlamento. Não havia ninguém nas galerias a cantar uma Grandolada aos presentes. Mas o mestre de cerimónias fez jus ao lugar. Começou por nos colocar numa mesa que em princípio estava reservada para algum graúdo lá do sítio. Entretanto noutro canto da sala sentava-se um “primo” do Kelvin, catatuado (espécie de catatua com tatuagem), possivelmente uma das vedetas do clube da terra, recém-promovido a primodivisionário, com todo o mérito. Para já são credores de toda a simpatia, esperando-se (com pouca fé) que venham a roubar pontos ao clube certo.  
Começamos por atacar na broa e pãozinho de mistura com azeitonas, a que se seguiu uma espetada de enchidos da região e uma salada mista, como preparativo para o que aí vinha. E o que apareceu foi nada mais nada menos que a célebre vitela arouquesa. Primeiro assada no forno, com arroz, batata e legumes. Depois em saborosos nacos mal passados, acompanhada de arroz de feijão, tão malandrinho quanto gostoso. Para terminar o repasto vieram os inevitáveis doces (conventuais) e fruta laminada. 
Não há dúvida que este Parlamento merece uma visita. 
Numa curta visita à vila foi muito agradável constatar o asseio, a harmonia arquitetónica, o parque habitacional bem cuidado, o belo jardim de visitas ao centro da vila. Após o café o Jorge quis ir à pastelaria comprar “charutos” (um doce que é especialidade da terra), enquanto os outros, não fumadores, optaram pelo pão-de-ló de Arouca, e o Bernardino ficava-se pela pedras parideiras. 
O regresso a penates ocorreu sem qualquer percalço e ainda não eram 5 horas e o Rogério já tinha acabado a entrega ao domicílio.

Relatados e registados em ata os reais acontecimentos que ficam gravados para memória futura, passemos a outro tema. Nem só de acontecimentos reais vive o grupo. Os não acontecimentos são igualmente muito importantes, merecendo por isso uma análise psicossociológica, que aqui se tentará fazer de forma rudimentar, face à falta de instrumentos científicos de análise e insuficiência de curriculum técnico nessas matérias. 
(cont.)

3 comentários:

  1. Eu "bi" logo! Olha logo tu, no meio de tantos, e de tantas (opcões), não ficavas pelas pedras parideiras.
    1 abraços para todos

    MFreire

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  2. ACTA nº 3 (ou será ata?) - I
    Acta é acta e não um cordel feito do entrelaçar de giestas para ATAR um molho de lenha para depois, em casa, acender o lume onde cosemos, numa panela de ferro, as nossas batatas com casca.
    A acta é acta, como “CÁGADO” é um animal com um casaco duro comó car……ho. E não um objecto sujo duma merda mal cheirosa.
    MFreire

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    Respostas
    1. Exactamente!!!
      É por essas e por outras que aqui no blogue se escreve em português sem o "famigerado" (des)acordo ortográfico de Língua Portuguesa. Espero que este acordo (ou aborto?) seja revisto em breve.
      Abro aqui a excepção (e não exceção)para as crónicas do nosso amigo Alexandre Ribeiro. Porque ele merece (embora seja do FCP)e, sobretudo, porque vale a pena pela qualidade técnica, literária e humorista com que ele as redige.
      Por outro lado, seria uma pena desperdiçarmos a oportunidade de deixarmos aqui (para memória futura) a descrição "fotográfica" e pormenorizada das nossas viagens turísticas e encontros gastronómicos só por ele escrever em português estragado com o acordo.
      Uma abraço amigo

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