Sempre ouvi dizer que "de
Espanha, nem bons ventos, nem bons casamentos".
Nunca entendi muito bem este adágio popular até porque
sempre apreciei as mulheres espanholas. Normalmente são “giras”, divertidas e cuidam
muito bem da sua imagem.
Está bem que em termos históricos, nós portugueses, até
temos algumas razões de queixa pois ao longo dos tempos sempre tivemos que travar
batalhas ferozes com os poderosos e numerosos exércitos Castelhanos. Mas, caramba,
também segundo a história (ou a lenda, em alguns casos) sempre ganhámos!...
Sempre defendemos bem aqui o nosso rectângulozinho, se extrairmos o tempo dos Filipes I, II e III.
Para o provarmos até temos a muito nossa e eterna heroína: a Padeira de Aljubarrota :-)))
Por sua vez, do lado de lá, os vizinhos espanhóis, sempre
nos olharam um bocadinho de lado e
também têm os seus adágios populares sobre nós. Ouvi um deles na longínqua
década de 70 que me pareceu nessa época demasiado ofensivo e que dizia mais ou
menos isto: “ Portugués que no mear a la
entrada, caga a la saída. En otras palabras: siempre es una mierda”.
A primeira vez que ouvi esta música Perdóname, cantada por um espanhol (Pablo
Alborán) e uma portuguesa (Carminho), para além de todas as emoções que ela me
transmitiu, pela harmonia dos dois cantores e pelo sentimentalismo que
transmite, pensei: pronto, acabou a guerra entre Castelhanos e Portugueses!
De facto, foi necessário que estes dois cantores se juntassem e produzissem este extraordinário trabalho musical para alguém demonstrar aos políticos de ambos os lados que é possível, aprendendo com os
erros do passado, juntarmo-nos e chegarmos também a resultados económicos e sociais positivos
para ambos os povos.
Foi toda esta mistura de ideias e de sentimentos que esta
música me transmitiu!
A harmonia das duas vozes, combinando os dois idiomas, faz-me
gritar: Viva a Península Ibérica!...
Sem comentários:
Enviar um comentário