Quando acordei tentei por em prática algo daquilo com que
sonhei. Foi bom! Tenho a certeza que foi real mas … será que o sonho acabou?
O meu dia começou assim e ficou – de facto – “marcado” pelo
sonho. Está a ser um dia bom e espero que tenha repercussões positivas
para os dias que aí virão.
Estou feliz e, neste momento, dou razão a Rómulo Vasco da Gama de Carvalho quando, sob o pseudónimo de António Gedeão, escreveu num poema (que Manuel Freire musicou): “ … Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida, que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança …” In Movimento Perpétuo, 1956.
Estou feliz e, neste momento, dou razão a Rómulo Vasco da Gama de Carvalho quando, sob o pseudónimo de António Gedeão, escreveu num poema (que Manuel Freire musicou): “ … Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida, que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança …” In Movimento Perpétuo, 1956.
Por tudo isto, concluo que o sonho, fazendo parte de
mim, condiciona a minha existência e me ajuda a escolher um caminho. O caminho que hoje percorro é bom porque o sonho foi bom? Ou a vida é em si mesma um sonho? E se for?
Inevitavelmente, quando assim penso, vou ao encontro de Fernando Pessoa! E as dúvidas também...
Aqui está ele outra vez.
Sonho.
Não Sei quem Sou
Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.
Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.
Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
Coração de ninguém.
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
Coração de ninguém.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Continua a sonhar ...
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