sexta-feira, 1 de junho de 2012

O verso e reverso

 Em Novembro de 2000, resolvi experimentar o Paint que, como sabem, é um software utilizado para a criação de desenhos simples e vem incluído, como acessório, no sistema operacional Windows. Depois de algumas tentativas frustradas e de me habituar às ferramentas do programa obtive como resultado este desenho colorido.
Este conjunto, mais ou menos harmonioso, de imagens criadas segundo a inspiração daquele momento, fazem-me reflectir na subjectivade com que podemos analisar muitos dos aspectos da vida. Ou como o mesmo facto, o mesmo problema, o mesmo objecto e, neste caso, o mesmo desenho pode ser visto de vários modos e de vários ângulos.
De facto, e num primeiro momento da análise do desenho, pareceu-me razoável concordar com aqueles que durante séculos consideraram que os objectos e os conceitos da filosofia e da geometria serviam para melhor descrever o mundo em que vivemos.
Num segundo momento pensei na geometria fractal que é o ramo da matemática que estuda as propriedades e comportamento dos fractais. O desenho, aqui neste contexto, fez-me lembrar vagamente e com algum esforço um fractal que, como sabem, é o resultado de um processo repetitivo no qual o algoritmo é aplicado múltiplas vezes para elaborar a sua anterior produção.  
Por fim, este mesmo desenho, remeteu-me para os conceitos de educar e aprender.
Em psicologia educacional costumamos dizer que educar é tornar o homem capaz de pensar em si e nos seus relacionamentos, mostrando que a inter-relação, a parceria e a colaboração são fundamentais para o crescimento pessoal e da comunidade.
Por sua vez, aprender é construir os conhecimentos e a afectividade na interação com os outros. Por meio de influências recíprocas que se vão estabelecendo, cada sujeito constrói o seu conhecimento do mundo que o rodeia e o conhecimento de si mesmo.

Podemos assim concluir que num mesmo momento, acto ou acontecimento se pode simultaneamente ensinar e aprender.

Ficaram baralhados?
Também eu fiquei e estou... tanto assim que, de tanto pensar no desenho, fundi “os fusíveis” e passei a vê-lo a preto e branco …:-)


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