Fernando Pessoa quando diz:
"Não sei o que faça, não sei o que penso" não encontra
um sentido para a angústia que tem em si.
Um frio lunar.
Um vento nevoento
Vem de ver o mar.
Quase maresia
A hora interroga,
E uma angústia fria
Indistinta voga.
Não sei o que faça,
Não sei o que penso,
O frio não passa
E o tédio é imenso.
Não tenho sentido,
Alma ou intenção...
Estou no meu olvido...
Dorme, coração...
Fernando Pessoa, 11-3-1917
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