Não sou lá muito católico, pratico mesmo muito pouco a religião que “herdei” dos meus pais. Mas, desde que me conheço, o feriado do dia de Corpo de Deus para os Católicos foi sempre um dia de santificado descanso para todos. Sendo este um feriado móvel este ano calhou a 30 de Maio de 2013. É hoje. Até ao ano passado e durante anos sem conta, sempre foi assim. A partir deste ano, porém, deixará de ser.
De facto, hoje é o primeiro de quatro feriados a que tínhamos direito e deixámos de ter. Em consequência, lá fui trabalhar à borla em resultado de uma alegada fé num “deus mercado” que se acalma quando vê mais dinheiro nas contas de patrões necessitados e menos dinheiro nos bolsos de mandriões estoirados que, segundo os cúmplices desta seita, tiveram que ser castigados pelo pecado que lhes atribuem de insistirem em viver acima das suas possibilidades. Como é costume em muitas seitas, o castigo veio em forma de donativo: quem trabalha sacrifica um dia de lazer e quem emprega ganha um dia em que não tem que pagar a quem trabalha para si nem sequer o combustível das deslocações. Tudo o que hoje for produzido em Portugal terá um custo salarial quase nulo, o que é óptimo. Para quem não tem que pagar.
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