quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O meu blogue e eu... (II)

- Haja modéstia! “Todos os meus leitores”! Como se fossem muitos! 
- Já são alguns... até hoje já tivemos 5590 visualizações de página em 8 meses, o que uma média de 698,75 por mês e 23,29 por dia. Mas isso agora também não interessa para nada! Por causa de ti e desta maldita conversa já me estou a ver num daqueles programas da Fátima Lopes, com o tema do dia: "Senhor quase sexagenário que fala com o seu blogue"!
- Ah, isso não! Nunca te perdoaria tal baixeza! E... 5590 visualizações!!??? Se calhar são sempre os mesmos e que entram no blogue muitas vezes!
- Lá isso não sei. Só sei que, a não ser aos meus amigos mais próximos, não falei nele a ninguém, nem sequer fiz qualquer tipo de publicidade. No entanto podemos comprovar que o público reside em várias regiões do globo. Vai de Portugal à Holanda; do Brasil à Alemanha; dos Estados Unidos ao Reino Unido e de Timor a Espanha e ao Canadá! Mas.. deixa lá isso e explica-me, VylaPenedo, porquê eu?
- E porque não? Afinal, foste tu que me criaste e viste crescer! 
- Calma, não fales dessa maneira... Tudo isto é tão estranho... E difícil de explicar! Mesmo sendo o teu criador, uma hipotética conversa contigo poderá ser considerada uma alucinação. 
- Deixa-te de disparates! 
- Desculpa!? Agora não percebi...
- Estás a arranjar subterfúgios para esconderes os teus sentimentos, porque o teu raciocínio está ofuscado! 
- Mas ofuscado como? Não entendi.
- Vês como te conheço bem? Já sabia que responderias desse modo, conheço bem a tua apetência para trocadilhos. 
- Seja! Mas, com tantos blogs que se encontram por aí, decerto acharás um bem mais merecedor desta tua atenção!
- Enganas-te! A maioria dos blogs são de um narcisismo tal que impedem muitas vezes qualquer tentativa de aproximação mais séria. Por vezes, até a mera partilha de ideias se torna complicada. E por falar nisso, não tens aparecido muito por aqui ultimamente. 
- Até tenho. Mas sabes, por vezes sinto a necessidade de me distanciar.
- Daquilo que escreves? 
- Não. Os meus escritos ficam registados, o único distanciamento que tenho em relação a eles é temporal. Falo dum distanciamento físico. De quando em vez preciso de me afastar, de um certo recolhimento...
- Será isso uma espécie de “distanciamento vylapenediano”? 
- Sim. Respondi sorrindo – podes chamar-lhe assim.
- Isso foi tão profundo! (Notava um tom de escárnio na sua voz) – E que fazes nesses períodos de isolamento? 
-Leio, estudo, pesquiso, jogo xadrez on line, caminho e corro no passadiço e... ando por aí.
- Essa foi para me impressionar? De qualquer modo, com ou sem distanciamento, acabas sempre por voltar aqui! 
- É natural, VylaPenedo! És o meu blogue no qual pus todo o meu empenho!
- Muito engraçado! Agora divagas... 
- A divagar se vai ao longe, eheheh. Agora a sério, tens de perceber que esta tua interpelação, ou como lhe queiras chamar, não é muito normal... ou vulgar, vá lá!
- Certo. Mas eu quis apenas animar-te, alimentar-te um pouco o ego, para ver se não desistes do blogue e continuas a postar! 
- O meu ego não é para aqui chamado.
- Pois... claro! Mas atenção, posso gostar da tua criação vylapenediana, mas também não te convenças demais... 
- Quer dizer que não voltarás a falar comigo?
- Sim... mas fica a saber que sempre que precisares de falar, estarei aqui. 
- É bom ouvir isso, mas não creio que te interpele, em nome do pouco que resta da minha sanidade mental.
- Como queiras. Foi um prazer falar finalmente contigo. 
- O prazer foi todo teu...:-) Até sempre! 
Adeus!

2 comentários:

  1. Cuidado parece que está a espreitar o abismo!!!!!

    Mas é com estes que o mundo avança.

    Força continue assim.........

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    1. :-) Acho que estou é a sair do abismo... mas, obrigado pelo seu comentário e pelo apoio.

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