terça-feira, 16 de outubro de 2012

Uma Aventura - Os Cinco na Galiza (I)

Nota prévia: O nosso brilhante cronista e autor do livro "Economia em contramão", Alexandre Ribeiro, resume aqui em 5 posts mais uma das viagens deste grupo de amigos.  
A forma exímia como classifica, examina, reconhece, analisa tacticamente e descreve todos os pormenores e aspectos engraçados das viagens fazem do Alexandre um mix de "Pedroto" (pela análise táctica), de "Artur Jorge" (pela análise sintática) e de Meirim (pela injecção de moral), do nosso grupo/equipa :-)
De facto, ele conseguiu, com toques de humor, escrever este óptimo texto que é tão grande (em qualidade) para uma tão pequena viagem! 
Pequena a viagem mas grande a alegria. Valeu o companheirismo, a amizade, o ir-e-vir e, sobretudo, o aproveitar cada dia das nossas vidas, pois, como diz o meu "amigo" Fernando Pessoa: "O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela".
Obrigado Alex!

2 de Outubro de 2012
Não sendo esta aventura um exemplar único, já podemos dizer que estamos em presença de uma coleção. Mas como qualquer bom colecionador, queremos sempre mais e melhores exemplares para o nosso portefólio. Por isso esta será, com certeza, mais uma de muitas aventuras que se seguirão.
Depois da viagem ao Nordeste a fasquia ficou muito elevada: a comida tem de ser ao nível do Escalhão – o que não é fácil; a paisagem tem de ser ao nível do Douro – o que será muito complicado; a crónica tem de ser ao nível da viagem ao Nordeste – aí pode haver a mesma qualidade literária, mas não mais terá a frescura e a novidade da primeira crónica. Mas há uma coisa que manteve o mesmo nível ou até melhorou, se tal é possível: a amizade e a boa disposição no seio do grupo.
Por isso a viagem à Galiza foi um sucesso e elevou ainda mais a fasquia.
Começa a aventura
O dia amanheceu relativamente tarde, pois a viagem era mais curta que ao Nordeste e quase toda por autoestrada.  “Às 8 e 15 em casa do Bernardino”, rezava o programa. Desta vez coube ao Rogério levar o carro, um BMW novo, que não apresentou problemas de leitura dos CD’s. Por isso o passeio começou logo animado com músicas pimba e letras ainda mais. Fomos buscar o Jorge e lá seguimos nas calmas, pois sabíamos que o Mota ainda tinha de ir à peixaria, cumprindo certamente o frete de que alguma pessoa invejosa o incumbiu.
Passamos pela escola EB-2/3 de Valadares, onde o Jorge e o Rogério tiveram oportunidade de, de dentro do carro, saudar os ex-colegas, sortudos, que continuam a trabalhar por não terem sido mandados para o desemprego.
Ao passar numa loja de guloseimas sentimo-nos tentados a comprar “chiclas” para a viagem, mas como não sabíamos bem o que isso era seguimos em frente.
Depois de apanharmos o Mota iniciamos então a viagem, que se viria a revelar calma e tranquila em todo o percurso.
Como era dia de greve na CP tivemos alguma dificuldade na travessia da cidade. Decidimos por isso ir pela ponte do Freixo, o que nos levou a passar em frente ao Dragão, o que foi um bom motivo para mandar umas farpas ao Bernardino. O que vale é que ele tem bom perder.
Cumprimos a primeira paragem constante do plano: um café nas bombas da Galp, na autoestrada para Viana. Depois foi só seguir até Vila Nova de Cerveira.
Como não tivemos muitas peripécias, temos de contar alguns não acontecimentos: no caminho não apanhamos nenhum azelha a perturbar o nosso ritmo. Também não temos histórias do pequeno almoço para contar. Foi pena, mas o percurso não se proporcionava.
(continua...)

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