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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Os 5.com(e) na Guarda (I)

Nota Prévia:
Mais uma excelente crónica de Alexandre Ribeiro.
Desta vez ele internacionaliza-se J com a descrição deste
passeio turístico a terras de nuestros hermanos. 

8 de Outubro de 2014
Correndo atrás do tempo perdido (este ano a performance gastronómica do grupo deixa um pouco a desejar, que o diga o Mota) os 5.com(e) em boa hora aceitaram a sugestão do Jorge e resolveram ir até à Guarda saborear os deliciosos mariscos da costa galega. Está bem de ver que não se trata da nossa Guarda, mas da espanhola, mesmo em frente a Caminha, do outro lado do rio Minho.
Quando o castelhano era língua obrigatória em Espanha a cidade era La Guardia. Agora que o galego passou a ter honras de língua local passou a chamar-se A Guarda. E o Monte de Santa Tecla passou a ser Santa Trepa. Esta custa mais a engolir.
Fácil é constatar a proximidade entre o galego e o português, que se reconhece em vários vocábulos locais: aqui também se diz “auga” como antigamente se dizia nas nossas aldeias; “munho” também ouvia eu dizer na minha terra quando era pequeno; o “lá em riba” cheira mesmo a português arcaico, tal como o “x” galego faz lembrar a pronúncia transmontana que transforma o “ch” em “tch”.
De Coimbra à Corunha poderia existir um país autónomo, independente, com um povo formando uma nação com maior unidade que Portugal ou Espanha. Os minhotos, transmontanos e beirões têm mais afinidades com os galegos que com os alentejanos e algarvios. Tal qual o que separa galegos e castelhanos, onde são grandes as rivalidades e escassa a proximidade.

A Guarda
A Guarda é uma cidade costeira, a mais meridional da Galiza. Uma cidadezinha de
passagem para quem vem de Baiona para Portugal, que não atrai visitantes apressados, ofuscados pela beleza e proximidade daquela vetusta cidade. E assim se passa ao lado de uma pequena pérola sem lhe dar o real valor, qual ostra escondida na sua concha, que só se descobre quando se desce até à parte baixa da cidade e se depara com um pequeno mas gracioso porto de abrigo, curiosamente sem navios à vista, protegido por um molhe com abertura estreita, para evitar males maiores em dias de tempestade. 
A marginal é lindíssima, com casario a dois passos da água e ruas em sobe e desce, a contornar as rochas que dão à praia uma forma irregular mas diferente e cativante.
A zona sul é pejada de restaurantes onde a lista é, naturalmente, recheada de peixe e mariscos.
(Continua...)

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