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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Deixem-me voltar para a... ilha!

Depois de andar um pouco entretido com as minhas conversas com a noite e com o assumir, de forma consciente, os disparates e as asneiras que vou fazendo (e dos quais me vou rindo também) resolvi cair na realidade. Desci à Terra. E com que me deparo? Com os problemas familiares e administrativos do Banco Espírito Santo (BES); com notícias sobre dois doentes que morreram enquanto esperavam por uma intervenção no Hospital Santa Cruz, alegadamente por falta de dispositivos médicos devida a "limitações administrativas", segundo denuncia a Ordem dos Médicos e... desgraças, mais desgraças destas e de outros géneros, nomeadamente as relacionadas com o futebol.
Mas... se me viro para a política ainda é pior! Constato que continuamos a ter um grande entertainer como primeiro-ministro e que, por sua vez, o povo continua a adorar palhaços e acrobatas e a viver hipnotizado pela vaidade difundida pela (e na) televisão que é o palco privilegiado desta geração de políticos neo-liberais, praticamente incultos e destituídos de memória mas bem embrulhados e com gravatas a condizer... o resto, é circo!
Se repararmos bem, desde que se deu a Revolução de Abril, em 1974, que assistimos a esta alternância no poder entre socialistas e sociais-democratas de pacotilha. Mas ... eles, os políticos, para aquilo que realmente interessa ao povo e ao país são todos muito, mas muito fraquinhos. São fortes, isso sim (e de forma comum a todos eles) a nacionalizar os prejuízos, a privatizar tudo o que dá lucro, a favorecer os amigalhaços, a controlar a comunicação social, a subverter o poder judicial, a implementar o excesso de regulação para uns (os fracos e desprotegidos) e uma total impunidade para outros (os fortes e os políticos). Ou seja, são fortes com os fracos e fracos com os fortes. É só repararmos por anda (ou andará) o homem dos robalos (o desaparecido Armando Vara); ou nos administradores e políticos que vão saltitando de administração pública em administração pública depois de terem sido ministros ou secretários de estado; ou o antigo maioral do BPN que continua à solta e ainda um outro que se entretém a construir resorts em Cabo Verde (o também desaparecido Dias Loureiro)...
Mas, lá está, estão aí brevemente à porta novas eleições e o que podemos esperar? De certeza absoluta um "novo movimento" de desenvolvimento exactamente igual ao anterior, gasto, falido, penalizador para quem trabalha e onde se rouba descaradamente em nome de acordos e legislação.

Por tudo isto apetece-me voltar para as minha reflexões nocturnas e introspepções diurnas ou então dizer como dizia o outro que foi resgatado de uma ilha deserta: "deixem-me voltar para a ilha"!!!

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