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terça-feira, 1 de abril de 2014

O "Mata-Frades" de Coimbra...

Quando fui estudar para Coimbra, na primeira metade da década de 70, fiquei instalado primeiro nas águas furtadas desta casa da Rua da Sota, nas traseiras do Hotel Astória.
Depois mudei-me, como também já aqui referi em posts anteriores, para o nº 9 da Rua Ferreira Borges.
Quer a Rua da Sota, quer a Rua Ferreira Borges, vão desembocar no Largo da Portagem. Este local foi, em consequência e nessa época, um dos meus pontos de referência da cidade.
Certo dia, enquanto tomava café e lia o Jornal "A Bola", na esplanada da Tabacaria da Portagem, um senhor já de muita idade e com "ar" de intelectual sentado na mesa mesmo ao lado da minha  meteu conversa comigo. 
A páginas tantas perguntou-me se eu sabia de quem era a estátua que se encontrava mesmo à nossa frente e bem no centro da Praça da Portagem.
Eu lá lhe respondi (por ter lido na placa respectiva) que era um monumento dedicado a Joaquim António de Aguiar.
- Pois! Mas quem foi Joaquim António de Aguiar? E sabes qual a razão por que lhe chamavam o Mata-Frades?
- Não, confesso que não sei. – lá lhe respondi já um pouco incomodado pelo interrogatório e, sobretudo, por ter de lhe expor a minha ignorância.
- Então eu vou dizer-te – respondeu ele com toda a convicção. E, durante a hora seguinte, lá discorreu sobre o célebre Mata-Frades e a sua importância para a história de Portugal ainda durante o tempo da Monarquia. Finalizou o seu discurso, que mais me pareceu uma aula de história, dizendo-me: - Repara bem na estátua... vê que ele tem na sua mão esquerda uma folha de papel e na sua mão direita uma pena. Não sabes para quê, pois não? Então eu digo-te: - Dizem que é para anotar os nomes das jovens estudantes que chegam a Coimbra virgens e saem de cá ainda virgens... e juro-te que ainda ninguém o viu mexer a sua mão direita! Eh, eh, eh.

Parece-me que ainda estou a ouvir  a sua sonora gargalhada quando acabou de contar esta história. E sorrio...

Nota 1: se derem um "clique" em cima de cada fotografia poderão ver melhor os seus pormenores.
Nota 2: Apesar de hoje ser o dia das mentiras (1 de Abril) a história é verdadeira :-)

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