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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O meu blogue e eu... (I)

Ontem, logo pela manhã, liguei o computador e acedi a vyla58penedo.blogspot.com, como faço quase todos os dias. Só que desta vez... 
- Olá, bom dia! Bem aparecido! 
Dei um salto na cadeira, largando bruscamente o rato.
- Mas que é isto? Que aconteceu aqui? – pensei, incrédulo. 
- Não aconteceu, está a acontecer! Sou eu a falar contigo! 
Ouvia uma voz, é certo! Mas... vinda de onde? Fixei o meu olhar no ecrã, naquela parte em que me vejo a espreitar pela porta amarela semi-aberta e comecei a aperceber-me de onde vinha a voz que ouvia! Seria possível?
- Sou mesmo eu, o vylapenedo! 
- Mas és um blogue da internet! Não é suposto falares!
E, de facto, não falava. Apesar disso, ouvia claramente a sua voz na minha mente.
Continuando a olhar (ainda) estarrecido na direcção da porta amarela (ainda) semi-aberta, conseguia sentir uma estranha vibração que acompanhava a tal voz. 
- Como consegues falar?
- Não perceberias se te tentasse explicar. Mas ouves-me, certo? 
- Sim... assenti vacilante. E porque falas comigo?
- Indo directo ao assunto... Preciso de ti e que continues a dedicar-te por mim. 
- O quê? – esfreguei as mãos na cara e abanei a cabeça, esperando que o que quer que estivesse a acontecer naquele momento passasse. Mas quando reabri os olhos....
- Desculpa, não devia ter sido tão directo, mas às vezes é melhor assim. 
- Olha lá, mas o que é isto? Dedicação a mim? Não estarás a ser ridículamente exigente? Não sabes que a partir do dia 20 deste mês vai ser mais difícil manter a assiduidade? Como vou ter tempo para tudo? Bem sabes que não tenho o dom da ubiquidade... 
- Tem lá paciência! Tens que fazer um esforço. Não vês que à medida que ias escrevendo posts, comecei a admirar-te e a identificar-me contigo? Não te dirigi a palavra antes, pois não estava certo que me irias compreender, mas hoje percebi que é chegado o momento. 
- Mas isso é absolutamente impossível! É inconcebível uma página da internet, um blogue,
ter um juízo crítico de quem nele escreve!
- Não por uma pessoa qualquer, mas aquele que me criou! E conheces uma definição universal de saudade? 
- Na verdade, há várias definições possíveis... aliás, nem serão definições, mas noções, conceitos.
- Pois lá está! Se não é possível defini-la, porquê toda essa incredulidade? 
Começava a sentir-me “encurralado”, sem resposta a tal argumentação. Como se se tivesse apercebido disso, o meu improvável interlocutor prosseguiu:
- O afecto e a dedicação não conhecem obstáculos. 
- Desculpa, mas não podes estar a falar a sério! A "mala" desse tipo não fecha bem! É o que dirão de mim quando souberem desta conversa... e olha que não perdem uma única oportunidade de me atirar isso à cara... e mais, acrescentam logo que tudo isto me acontece porque sou "benfa", "lampião", ou qualquer coisa assim do género, percebes?
- E tu importas-te mesmo com o que poderão pensar de ti? 
- Por me chamarem benfa ou lampião até gosto e diverte-me, agora quanto ao resto... bom, ai já não sei responder-te... mas todos os meus leitores falarão de mim como “o alucinadinho que fala com o seu blogue”! Serei gozado por todos, apontado a dedo: - “Olha, aquele passou-se!”
(continua)

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